quinta-feira, março 22, 2007


A Dama na Água
"Lady in the Water"


Para falar desse filme acho que precisamos nos deixar levar pelo conto que ele. Um conto fantástico e inteligente que o autor M. Night Shyamalan criou se baseando primeiramente em uma história de ninar dele mesmo para seus filhos. Apesar de todas as criticas de atuação e direção (M. Night Shyamalan também dirigiu o filme) eu tenho poucas ressalvas. A direção realmente não achei primorosa, porém, me deixei levar pela história e pela pequena e dramática conjunturas que Cleveland Heep (Paul Giamatti) teve que passar para ajudar uma jovem misteriosa chamada Story (Bryce Dallas Howard).
Sou suspeito por falar que gostei do filme, pois me chama muito a atenção história fantásticas, realidades paralelas e a criatividade. O filme tem um por trás algumas lições que poderíamos ao menos dar valor e refletir sobre elas antes de critica-lo.
Não gostei do primeiro filme do diretor e autor, A Vila de 2004, para vermos que as coisas mudam e muitas das vezes mudam pra melhor, esse segundo é bem melhor e mais criativo.
Outra coisa que posso chamar a atenção no filme é a participação muito boa e interessante, como sempre, de Paul Giamatti. Um ator que tem algo que me faz achá-lo irresistível e não conseguir não vê-lo em qualquer filme que participe. A atuação dele não se compara com as dos filmes o Anti-herói Americano (American Splendor) de 2003 e Sideways - Entre Umas e Outras de 2004, até pela diferença dos papéis. Ainda espero ver muitas vezes esse ator em ação.

O filme nos faz viajar, sonhar, é lindo apesar de tudo.

Sinopse:
Cleveland Heep (Paul Giamatti) é um homem triste, que vive solitário. Até que, numa noite qualquer, acontece algo que muda drasticamente sua vida. Ele encontra em seu prédio uma outra pessoa que tenta se esconder dos demais, uma jovem misteriosa chamada Story (Bryce Dallas Howard), que mora entre as passagens sob a piscina. Surpreso, Cleveland descobre que Story é uma "narf", uma espécie de ninfa das histórias infantis, e que ela é perseguida por criaturas malignas, que desejam impedir que ela retorne ao seu mundo de origem. Além disto Story possui poderes de percepção, que a permite ver qual será o destino dos moradores do prédio de Cleveland. Juntos, Cleveland e os moradores de seu prédio, se unem para encontrar um meio que permita Story a retornar ao seu mundo.

Elenco
Paul Giamatti (Cleveland Heep)
Bryce Dallas Howard (Story)
Noah Gray-Cabey (Joey Dury)
Jessica Graham (Stacy - voz)
Cindy Cheung (Choi Young-soon)
Bob Balaban (Harry Farber)
Sarita Choudhury (Anna Ran)
Freddy Rodríguez (Reggie)
M. Night Shyamalan (Vicki Ran)
Jeffrey Wright (Sr. Dury)
Bill Irwin (Sr. Leeds)
Mary Beth Hurt (Sra Bell)
June Kyoto Lu (Sra. Choi)

Ficha Técnica
Título Original: Lady in the Water
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2006
Site Oficial: www.adamanaagua.com.br
Estúdio: Warner Bros. / Legendary Pictures / Blinding Edge Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Produção: Sam Mercer e M. Night Shyamalan
Música: James Newton Howard
Fotografia: Christopher Doyle
Desenho de Produção: Martin Childs
Direção de Arte: Stefan Dechant e Christina Wilson
Figurino: Betsy Heimann
Edição: Barbara Tulliver
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic


sábado, março 17, 2007

Pensamento Insano nº 9
(esse foi quando eu não tinha o que fazer mesmo!)

No nordeste (não em geral, mas boa parte) tudo que você responde negando você afirma que nega e depois se desmente! Você não acha? R - Não acho. Ou você afirma confirmando e depois nega confirmando! Não é? R – É não. A língua portuguesa é linda! Vocês entenderam? R –...

sexta-feira, março 16, 2007

sábado, março 10, 2007

Abaixo transcrevi um capítulo do livro "O Restaurante no Fim do Universo" de Douglas Adams. (Capítulo 15, páginas 99 e 100).


O capítulo tenta explicar alguma coisa sobre o restaurante muito peculiar que é descrito e tema desse segundo livro da série de 4 livros do autor, o primeira acho que muita já conhece: O Guia do Mochileiro da Galáxia. Quem tiver afim de ler um pouco, vale a pena.

(risos)



"Um dos maiores problemas encontrados em viajar no tempo não é vir a se tornar acidentalmente seu próprio pai ou mãe. Não há nenhum problema em tornar-se seu próprio pai ou mãe com que uma família de mente aberta e bem ajustada não possa lidar. Também não há nenhum problema em relação a mudar o curso da história - o curso da história não muda porque todas as peças se juntam como num quebra-cabeça. Todas as mudanças importantes já ocorreram antes das coisas que deveriam mudar e tudo se resolve no final.


O problema maior é simplesmente gramatical, e a principal obra a ser consultada sobre esta questão é o tratado do Dr. Dan Streetmentioner, o Manual das 1001 Formações de Tempos Gramaticais para Viajantes Espaço-Temporais. Nesse livro você aprende, por exemplo, como descrever algo que estava prestes a acontecer com você no passado antes que o acontecimento fosse evitado quando você pulou para a frente dois dias. O evento é descrito a partir de diferentes pontos de vista, conforme você esteja se referindo a ele do seu próprio instante, de uma época no futuro ou de uma época no passado, e a coisa toda vai ficando ainda mais complicada caso você esteja conversando enquanto viaja de um instante no tempo para outro na tentativa de tornar-se seu próprio pai ou sua própria mãe.



A maioria dos leitores chega até o Futuro Semicondicionalmente Modificado Subinvertido Plagal do Pretérito Subjuntivo Intencional antes de desistir. Por isso, em edições mais recentes desse livro, as páginas subseqüentes têm sido deixadas em branco para economizar custos de impressão.



O Guia do Mochileiro das Galáxias passa levemente por cima dessas complexidades acadêmicas, parando apenas para notar que o termo "Pretérito Perfeito" foi abandonado depois que se descobriu que não era assim.



Resumindo:



O Restaurante no Fim do Universo é um dos acontecimentos mais extraordinários em toda a história dos restaurantes.



Foi construído a partir de restos fragmentários de um planeta em ruínas que se encontra (tereria sendo se encontraído) fechado numa vasta bolha de tempo projetado em direção ao futuro até o exato momento preciso do fim do universo.



Muitos diriam que isso é impossível.



Nele, os fregueses sentam-se (terseão sentaído) nas meses i comem (terseão comeído) suntuosas refeições enquanto contemplam (estararão contemplarearando) toda a criação explodir à sua volta.



Muitos diriam que isso é igualmente impossível.



Você pode chegar (poderaria chegarando em-quando) e se sentar em qualquer mesa que deseje sem reserva prévia (postero antequando) porque é possível fazer a reserva retrospectivamente, quando você voltar para seu próprio tempo (terá sido prepossível em-reservar paraquando antesmente retrovoltando antecasa).



Agora muitos insistiriam que isso é absolutamente impossível.



No restaurante, você pode encontrar e jantar com (poderaria terendo encontrado paracom jantarando quando) um fascinante corte transversal de toda a população do espaço e do tempo.



Como pode ser pacientemente explicado, isso também é impossível.



Você pode comer lá quantas vezes quiser (poderaria tenrendo ido re-ido... etc... etc., - para maiores informações sobre correção dos tempos verbais, consulte o livro do Dr. Streetmentioner) e ter a certeza de nunca encontrar consigo próprio, por causa do embaraço que isso costuma ocasionar.



Mesmo se o resto fosse verdadeiro, o que não acontece, isso é veementemente impossível, dizem os céticos.



Tudo o que você precisa fazer é depositar um centavo numa conta de poupança em sua própria era e, quando chagar o Fim dos Tempos, o total de juros compostos acumulados significará que o preço astronômico de sua refeição já estará pago.



Muitos alegam que isto não só é completamente impossível com também claramente insano, e foi por isso que o pessoal de marketing do sistema estelar de Bastablon criou o sloga: "Se você fez seis coisas impossíveis esta manhã, por que não terminar seu dia com uma refeição em Milliways, o Restaurante no Fim do Universo?"."




E ai? Entenderam a complexidade da verbalidade pra explicar tal coisa complexa e aparentemente impossível?

sábado, março 03, 2007

Pensamento Insano nº 8

"Beleza é tudo? Não. Beleza é fundamental? Também não. As duas coisas são a mesma coisa? Claro que não. Oras... Feiúra é tudo? Não. Feiúra é fundamental? Também não. Idem? Não.. E... Você sabe o que é bonito ou o que é feio? Não. Eu sei? Também não".