sábado, dezembro 26, 2009

Profissão, futuro e presente

Há tempos gostaria de escrever algo aqui relacionado ao meu futuro profissional ou coisa parecida. É de conhecimento de muitos que sou um acadêmico do curso de Direito. Ainda hoje, passados quase o limite da grade curricular do curso, percebo-me a falar com meus botões o porque ou não porquês de ter adentrado nesse curso tão cheio de história e tradição. Nesse curso tão falado e concorrido até certo ponto. Além disso, várias outras coisas passam por meus neurônios adormecidos. O que seria uma profissão? Quando terminar o curso poderei responder essa pergunta ou não. Poderei saber o que é ser um profissional em algo ou não. Mas será que é realmente necessários graduar-se num curso assim para ser profissional? Temos inúmeros exemplos que não. Só que, particularmente falando do curso de Direito, percebo que é mais que necessário, é imprescindível, parece óbvio. Penso até que toda pessoa deveria ter a mínima noção do conteúdo que aprendemos no curso de ciências jurídicas. Talvez, desde a revolução francesa, os seres humanos neste mundo são regidos por códigos e posturas elaboradas por seus representantes, por eles mesmo também, e talvez por ser tal forma conveniente para todos que acabaram por se acostumar, de modo que hoje em dia não ligam, pensam que sempre foi assim e dão as costas para a sociedade legalizada e organizada, achando que a vida é algo simples e suas funções se limitam aos poucos pensamentos que na maioria das vezes só passam pela ideia do dinheiro e prazeres imediatos.

Muitos futuros juristas, ou seja, advogados, magistrados, membros do ministério público, pensam de forma simples e pragmática em relação aos dias atuais. Resumindo suas funções a meros expedientes diurnos que acabam em discussões sobre as características acerca do que é bom ou ruim. Certo ou errado. Bem ou mau. Posso estar fazendo uma autocrítica severa, aliás, tenho quase certeza que deveras estou, pois tudo que exteriorizamos, acredito, tem muito de nós mesmos, sobretudo nesses espaços solitários e poucos altruístas da internet.

Sinto a necessidade de reconhecer que se não fosse pela escolha que fiz, pois em determinado momento tive que fazer a escolha difícil entre uma universidade pública com um curso que desejava com cinquenta por cento de vontade pelo de Direito que agora estou quase a terminar numa universidade particular. Continuando... Sinto a necessidade de reconhecer que se não fosse esse curso eu não teria as mais diversas e enriquecedoras experiências que tive nos últimos anos. Reconheci que me relacionei com pessoas diferentes, com habilidades diferentes e melhores que as minhas. Fiz amizades e consegui passar por caminhos tortuosos e situações estranhas. Foi e continua sendo um grande aprendizado. Sou grato por cada um que pude observar, pude ver como é o seu modus operandi. Por cada qual que me chamou a atenção, que brincou comigo ou não. As experiências em estágios e trabalhos relacionados ao curso até hoje fizeram com que eu só crescesse. Isso é algo pequeno comparado ao resto. Mas, certamente, ser profissional é um lado que me faz ser algo, ou que fará algo de mim. Pois é. Trabalhar para viver ou viver para trabalhar? Um meio termo parece ser o mais sensato.

Encerrei por aqui. Nada de pessoalidade demasiada.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

78

Por mais que a esperança permaneça, as atitudes teimam em continuar, até a piorar. É decepcionante. Mais triste ainda é que o meu êxito parece ser o êxito dele também, e isso em detrimento do todo sofrimento causado, da inércia e falta de vontade, de educação e respeito. É assim mesmo. É impressionante como são alguns seres humanos. Fica o dilema. Dou certo e faço do errado o certo também ou deixo tudo pra lá esperando tirar o peso de minhas costas, o incomodo de minhas têmporas e as contrações de minha testa logo acima de minha face que não transparece o que realmente sou por mais que eu queira.

domingo, dezembro 13, 2009

Li...

Trata-se da obra denominada Algemas da Liberdade – Diálogos -, publicada pela editora HD livros, lançada em 2009, escrita por Enildo Marinho Guedes.

Algemas da Liberdade – Diálogos – se estabelece em torno de um jovem que busca compreender algo que lhe pegou de surpresa e desprevenido na vida, e, como o próprio título sugere, através de conversas informais com os mais diversos tipos de pessoas, sobretudo com um amigo filósofo, acaba conseguindo atingir sua paz interior através da compreensão da vida e da morte.

Algemas da Liberdade se mostra pertinente naquilo que apresenta como proposta e consegue alcançar seu objetivo de dar ao leitor o conceito de liberdade como dependente de uma concepção teleológica, ou seja, a liberdade compreendida através da busca pelas respostas sobre as finalidades na sociedade, da humanidade e da natureza. Para se chegar a tal, deve-se percorrer o caminho da práxis, conforme uma investigação para desvendar as respostas e se libertar, e isso Algemas da Liberdade contempla de forma quase didática.

A questão do diálogo entre Alex e o filósofo Tales fez recordar uma outra obra literária, a novela O Mundo de Sofia, do escritor norueguês Jostein Gaarder, onde a garota Sofia estabelece uma relação filosófica, como em Algemas da Liberdade, em busca de respostas. Algemas da Liberdade não é didático como O Mundo de Sofia em relação a própria Filosofia, mas talvez retribua o leitor com a mesma essência e qualidade em se tratando de repassar conceitos da vida e ideais para reflexão.

O autor, Enildo Marinho Guedes, é alagoano, natural do município de Flexeiras, que fica aproximadamente a 60 Km da capital Maceió. É graduado em filosofia pura na Universidade Federal de Alagoas – UFAL, em psicologia no Centro Universitário CESMAC - Centro de Estudos Superiores de Maceió. É professor e doutor em lingüística pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL.

Observações:
Infelizmente não tenho a imagem da capa do livro, tentarei consegui-la, e assim que o fizer coloco aqui.
O texto acima foi composto de trechos de uma resenha crítica que escrevi sobre o livro. Fui, de certa forma, contratado para escrever tal resenha. Foi uma leitura "não voluntária", mas, de qualquer maneira, não deixei de aproveitar o que tinha para ser aproveitado. Então, seria, de certa forma, um preconceito não registrar aqui mais essa leitura, pois já vinha fazendo isso com outras obras lidas nos últimos meses.

domingo, dezembro 06, 2009

77

A palavra "pelo menos" é de grande valia. Serve para muita coisa. Serve inclusive para balancear a importância ou não de certas coisas.