sexta-feira, julho 16, 2010

Li...

Raízes do Brasil, escrito por Ségio Buarque de Holanda, pela segunda vez. No dia 18 de maio de 2008 postei aqui no M.P.I. que pretendia ler nos meses que seguiriam aquele ano este Raízes do Brasil, o Dicionário Filosófico de Voltaire, Ecce Homo e Humano Demasiado Humano de Nietzsche, Quando Nietzsche Chorou de Irvin Yalom e Elite da Tropa de Luiz Eduardo Soares, André Batista, Rodrigo Pimentel. Somente um da lista vingou, justamente o Raízes do Brasil, o qual li uma edição que ganhei de minha então namorada e hoje noiva, Mariana Vital.

Em 2008 estive passeando pelos meus vinte anos de idade neste mundo. Por conta disso e de outras razões tenho que admitir que da primeira leitura pouco pude apreender. A segunda leitura veio acampanhada da vontade de extrair algo que pudesse aproveitar em meu trabalho de conclusão de curso. Retirando ou não, a leitura serviu muito. Relembrei as raízes do onde vivo. É como um professor que tive um dia falou mais ou menos assim: "todos os brasileiros só terão ideia de onde vivem e de como as coisas são após ler Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda".

O outro livro que tive a oportunidade e paciência de terminar foi O Príncipe, clássico da sociologia e da política, escrito em 1513 por Nicolau Maquiavel. O príncipe era um dos títulos pelos quais nutria uma razoável curiosidade. Pude "matar" esse sentimento logo nas primeiras páginas ao perceber o objetivo do texto.

Peguei O Príncipe depois que a energia elétrica da casa de meus pais teimava em não voltar, com natural obviedade, pois era o dia seguinte da grande enchente que assolou União dos Palmares e região. No início, aproveitando os já fracos feixes da luz solar, e depois cerrando os olhos para melhor enxergar na luz das duas velas que tive comigo no quarto, tentei entender a motivação e o bralhantismo do autor em divagar sobre planos, ações, fatos, características e intuições de como proceder um principado ou rei. Não obstante os séculos que separam a obra até os dias atuais, as lições podem ser emuladas e colocadas em prática ou despidas por quem prestar atenção necessária. Errado ou certo, podemos perceber e julgar, basta entender um pouco do que Maquiavel traçou no século XVI. Se bem que... Atualmente, quem não é "maquiavélico"?

Um comentário:

Geomário Alves disse...

Ainda assim não deixe de ler Quando Nietzsche chorou do Yalon, traz um retrato natural do mundo, visto da nossa janela. O ser humano de um ótica que nunca tinha olhado, a da psicoterapia.