O romance O Leitor ( Vorleser) de 1995, do escritor alemão Bernhard Schlink. Li uma edição que ganhei da senhorita Denize, como presente de amigo secreto no último réveillon [2009/2010]. O livro é narrado por Michael, que se envolve aventurada, profunda e amorosamente com Hanna, uma mulher madura, fria e misteriosa.
Em 1958, Michael então com 15 anos, passa mal durante o trajeto do U-Bahn (bonde) e acaba vomitando na entrada de um prédio, sendo socorrido por Hanna Schmitz. Em casa, Michael é diagnosticado como portador de escarlatina. O médico ordena que o jovem fique de cama pelos três meses.
Após a recuperação, ele manifesta vontade de visitar a desconhecida que o ajudara. Os dois acabam se envolvendo e passam a ter um caso. Durante os encontros no apartamento da trocadora, o jovem passa a ler para ela obras literárias que estuda no colégio, como a Odisséia, de Homero, A Dama do Cachorrinho, de Anton Checkhov. Os encontros passam, então, a ter sempre uma sessão de leitura seguida um banho e de uma relação sexual. Um belo dia, Hanna subitamente desaparece sem deixar rastros.
Michael cursando Direito na Universidade de Heidelberg, como parte de um seminário, passa a assistir o julgamento de várias mulheres acusadas de terem deixado trezentas prisioneiras judias morrerem queimadas em uma igreja em chamas no ano de 1944, em um evento conhecido como "Marcha da Morte", ocorrido após a evacuação do campo de Auschwitz. Uma das rés é Hanna Schmitz.
Durante o julgamento Michael junta os pontos e acaba descobrindo que Hanna não sabe ler nem escrever. E por conta desse infortúnio (claro que não só por isso) acaba sendo condenada à prisão perpétua. Michael não interfere no julgamento com a informação que detém. Sua vida estava afetada pelo envolvimento com Hanna até seus últimos dias.
O livro é simples, direto, sem rodeios. E por ser assim, influencia o leitor (no meu caso foi assim) a não parar de ler até chegar ao fim, pois tudo é apresentado de forma leve, apesar dos fatos não serem tão leves assim. O Leitor foi adaptado para o cinema em 2008. No meu entender, o filme completa o livro, deu contornos emocionais que a obra literária muitas vezes não conseguiu imprimir em suas linhas.
Um comentário:
O filme e melhor, de todas as formas.
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